A Falta de Criatividade

Alguns seres “criativos” abusam de referências e reproduzem um material que já foi disponibilizado, plagiando o trabalho da verdadeira mente pensante e demonstrando uma verdadeira falta de criatividade.

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Plágio é um tema caduco de criativos e não-criativos e já não é necessário que meios de comunicação publiquem o caso, quem está online sabe que é bem fácil uma referência se transformar em cópia, dando o start para uma bola de neve começar com muito conteúdo igual. Mas plágio vai além do salvar a foto e subir no portfólio, caso ela seja divulgada sem o devido crédito isso se torna pirataria.

Um caso que estourou recentemente e foi publicado pelo blog Petiscos, no qual uma designer teve uma arte sua (entende-se: seu ganha pão) estampada em camisetas sem sua autorização. O pessoal da área sabe como isso é uma verdadeira falta de sacanagem.

Quem trabalha com criação sempre tem aquele costume de dar uma chegada no “pai Google” para pesquisar algumas referências antes de começar um trabalho novo, não é? Isso quando a campanha ou arte já veio pronta da cabeça, o que pela correria do dia a dia e pressão do cliente é algo bastante difícil de acontecer. E justamente por esses motivos (para não dizer preguiça), alguns seres “criativos” acabam abusando da referência e reproduzem o material que já foi disponibilizado, plagiando o trabalho da verdadeira mente pensante!

Mas com tantos resultados de buscas e trabalhos divulgados na internet fica difícil ter certeza de quem realmente produziu o que; e mesmo jogando a situação nas mãos do Conar, organização que garante o cumprimento do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, alguns casos parecem não ter solução, porque ninguém é dono (pode-se assim dizer) da criatividade e das ideias, somente pelo o que foi produzido e divulgado. Vale lembrar que isso não acontecia há alguns anos atrás quando todo conteúdo, ou pelo menos grande parte dele, era transmitido em mídias físicas e previamente autorizado para distribuição ou qualquer outra finalidade.

Hoje, é impossível ter controle sobre os conteúdos disponibilizados e os casos de plágio, pirataria e afins são ainda mais frequentes, mas da mesma forma com que as empresas influentes têm olheiros por todos os cantos do mundo para ver o que estão falando sobre sua imagem, elas possuem a audácia de mostrar seus dólares e tirar do mar os “peixes pequenos”. O canal Nostalgia é o caso mais recente disso em sua briga com a Fox.

Em uma matéria, o site Tec Mundo listou diferentes tipos de comportamento segundo os direitos autorais na web e vamos usá-lo corretamente por aqui:

- propriedade intelectual é toda obra criada por alguém, sendo assim, suas ideias são somente suas e ninguém está liberado a usá-las!

- você possui direito de uso e divulgação quando o próprio autor do conteúdo te autorizou a usá-lo, contando que nada seja modificado e ele seja citado como fonte;

- exploração comercial é quando você está lucrando com o material de outra pessoa. Esse argumento foi utilizado pela Fox para tirar o Nostalgia do ar.

Cópia, plágio ou referência, não importa o nome, a questão é: vê-se muito mais do mesmo. E é encontrado bastante disso também na moda, onde constantemente estampas e padronagens acabam voltando como tendências, porém em tecidos e contextos diferentes.

No fim das contas internauta algum está livre da repetição de inspirações, seja ele envolvido ou não com criação, e o pior: é obrigado a conviver em uma época onde a criatividade e a originalidade são bônus enormes, não um quesito básico ao desenvolver um conteúdo.

Inúmeros são os casos do tema discutido por aqui, mas fora os exemplos que publicamos, você se lembra de mais algum caso que repercutiu por plágio ou grande semelhança? Deixe nos comentários.

E para quem curte Moda, vale a pena conferir o tumblr Part Nouveau, que mostra referências antigas e atuais lado a lado da história fashion.

 

Fontes: Folha, Petiscos, Tec Mundo e Época Negócios.