Por dentro do ARG Sem Mentiras
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Como já falamos por aqui, a PÃO criou em 2009 uma ação de storytelling transmídia para a Cultura Inglesa de Bauru, que constituía em um jogo investigativo salvador do planeta com inúmeras pistas espalhadas pela cidade.
Mas antes de contarmos nossa história vamos retomar os dois conceitos citados acima para você ir encaixando as peças e compreender melhor: Storytelling nada mais é que contar histórias publicitárias em uma pegada cinematográfica, e adicionar a transmídia nessa trama faz com que sua história seja contada e adaptada para diferentes mídias.
Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto
O alvoroço começou quando as rádios da cidade sofreram uma interferência no sinal, um espaço comprado para criar um chiado misterioso. Logo após esse evento, dezenas de relatos em forma de vídeos, postagens na internet e panfletagem nas ruas falavam sobre um suposto sequestro de 5 minutos na vida dos moradores da região, tudo para armar o cenário e instigar as pessoas a se perguntarem: O que está acontecendo?
Em menos de 48 horas os vídeos do Youtube eram os mais vistos no período em todo o mundo, um deles alcançou a 75ª posição de mais visto no dia! Essa foi a prova de que um bom gancho pode atrair muita atenção, até mesmo em um mercado regional como Bauru.
Passada a curiosidade inicial, revelamos as primeiras pistas para a solução do mistério, que envolvia mocinhos e vilões. Com isso reunimos dezenas de jogadores dispostos a participar e desvendar a trama sustentada pela Cultura Inglesa.
No ARG Sem Mentiras contamos a história de um grande vilão chamado Randall que em um futuro distante havia dominado o mundo manipulando uma máquina do tempo criada em 1932 pelos cientistas do Project Major Oak. Neste futuro, cientistas anônimos enviaram uma mensagem ao passado informando sobre o que os aguardava, e por causa dessa mensagem houve o lapso temporal em Bauru que roubou a memória de algumas pessoas.
A partir disso alguns cientistas se reuniram para criar o grupo Time Guardians Society, porém, eles deveriam manter-se escondidos e utilizaram o codinome Cultura Inglesa para desenvolver uma estrutura de alta tecnologia e conhecimento cultural para proteger a humanidade junto dos participantes do game.
E então começa o nosso jogo!
Constantemente os participantes recebiam suposições na internet sobre as missões e, de acordo com as informações fornecidas, eles deveriam comparecer ao local pré-determinado para pegar a próxima pista. Mas nem tudo era fácil, tínhamos uma equipe infiltrada nos grupos e redes sociais para deixar os participantes com dúvida e ainda mais instigados na trama durante os 26 dias da ação.
Definições do projeto
Partimos do princípio que Bauru teria potencial para redes sociais e seus usuários teriam conhecimento avançado das ferramentas mais comuns disponíveis, como blogs, redes sociais (Orkut), MSN, e-mail, Wikipedia, Youtube, Google Maps e de ferramentas offline como aplicativos de leitura PDF, editores de imagens, entre outros.
Para nossa abordagem utilizamos mecânicas em forma de charadas em um ambiente transmídia, utilizando, além das mídias digitais, TV, rádio, telefones celular, mídias externas e algumas ações que necessitaram a presença física e a colaboração dos participantes em determinados pontos da cidade a fim de solucionar as charadas propostas.
O mercado Bauruense, até onde pudemos avaliar, nunca teve estudos focados especificamente no perfil jovem e nenhum estudo disponível para consulta sobre o comportamento dos jovens na internet nem seus hábitos e preferências, por isso ficamos tão empolgados quanto os jogadores com essa ação, principalmente depois de analisarmos os resultados adquiridos.
Em nosso portfólio você encontra os números e tudo o que desenvolvemos para o ARG Sem Mentiras e uma reportagem do portal Tem Mais com nossa equipe. E se você acompanhou nossa ação ou foi vítima dos 5 minutos roubados conta pra gente nos comentários como foi participar.